terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vista da Janela

Gotículas de sussurros embaçam a paisagem
Pensamento agora retroage na angústia
O tempo não mais sorri para a vadiagem
Feito ou não, queira ou não, resta lamuria

As mãos calejadas limpam a vidraça
Embaçada pelas badaladas do relógio
Escorregadia por conta da carapaça
Encorpada de suor do puro ócio

A janela agora transparece
Como outrora,  sensação gelada
Transcreve o erro que se repete
Condensação na paisagem estacionada