domingo, 21 de dezembro de 2014

Ainda não

Abismo que percorre a mente obstruída
Serenidade parece ser algo impossível
Sonhos agora seguem em rumo da partida
Alma corroída em corpo perecível

Dantes talvez momento inexplicável
Os minutos regem o ato final
Despedida se torna fardo inapelável
Alegria perene tristeza desigual

Alma suspira,  mas o corpo se afasta
Vida longa em breve segundo se vai
Respirar em direção da atitude nefasta

domingo, 14 de dezembro de 2014

Gato por Cavalo

Dias se passaram e o melaço fermenta
Engarrafado não respira, apenas aguarda
De forma inesperada oportunidade  apresenta
Um vento sorridente em meio a vanguarda

A prosa avança minutos,  nada agradável
Palermo encantamento sofre um abalo
Pausa necessária para algo questionável
- Por acaso, está cheirando a cavalo?

O momento serelepe agora embaraça
Vento sorridente se torna perturbação
Ambos procuram e a preguiça o afasta
Bisonha Vergonha e fétida frustração

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Madrugada Constante

Paredes se encurtam na madrugada
Assustador som convida ao infinito
Imensidão que de perto não há nada
Suspiro do pleito agora corrompido

Incompreensível questiona sua vez
Respostas coordenadas ditam outro som
A Luz que transita revela a palidez
Um sentimento de outrora era bom

Horas em batalha, a madrugada descansa
O último ato é escurecer mais ainda
Não há mais medo e muito menos esperança

Alguns minutos se passam,  o sono convida
Paz, sossego, relaxamento, descanso?
Claridade retoma a Natureza, “bom dia”

domingo, 2 de novembro de 2014

Aparências do Medo

Muitas pessoas gostam de preencher seu vazio com mais vazio ainda. Um ego que reflete a mesquinharia de merda impregnada em si mesmo, sujeito de estética abjeta julgando homem/mulher como se o seu julgamento sobre  ele/ela  tivesse alguma importância...Fique atento, saiba que você Diminui porque tem medo de ser Diminuído, é o orgulho mais funesto que está por trás desse medinho pífio atrelado à patética adolescência.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Escadaria

Boquiaberto com aquilo que se passa
Costas viradas para sorriso amarelado
Ondulado confuso momento entrelaça
Sussurro ríspido, desdém projetado

Caso fora em tempos medievais
Divida era paga e gratidão recompensada
Grotesca ação que revive nos dias atuais
A vergonha prevalece limitada à carapaça

Não tente e nem queria entender
É vulgar o linear do pensamento
O estrondo do silêncio faz estarrecer
Conexão que reduz o constrangimento

Constrange a ti, mas não a mim
Perturba a mim, mas se quer lembra a ti

No frigir daquele momento
Tu não sofres e nem quer agir
A indiferença conduz o tempo
Pífio comportamento, vida a seguir

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vista da Janela

Gotículas de sussurros embaçam a paisagem
Pensamento agora retroage na angústia
O tempo não mais sorri para a vadiagem
Feito ou não, queira ou não, resta lamuria

As mãos calejadas limpam a vidraça
Embaçada pelas badaladas do relógio
Escorregadia por conta da carapaça
Encorpada de suor do puro ócio

A janela agora transparece
Como outrora,  sensação gelada
Transcreve o erro que se repete
Condensação na paisagem estacionada

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Homérico Apalermado

Fugaz momento entoa
Dialeto perspicaz nada curioso
Redundância denota e enjoa
Abjeto  na palidez  do desgosto

Fora em momento tortuoso
Voltara à Minóica na calmaria
Bailando em movimento virtuoso
Arrastado do Egeu para fantasia

Face entrelaçada pra dentro
Desdoiro por interpelar o passado
Espiritualidade rasgada ao vento
Homérico sujeito Apalermado

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Infinitude Estreita

Estupre a fraqueza e golpeie a fruta
O passado que se tornou a muralha
Eternidade em forma de calabouço
Entretido em meio a toda a solidão

Sozinho procurando o som da certeza
Escondido por de atrás daquele olhar
Afasto-me inseguro do que eu quero
Escuto a voz que me avisa do abismo

Mas há um cálice que está entre nós
Somente a ilusão em forma de pluma
Lágrimas que eu insisto não enxergar
Apenas o que eu gostaria de te eximir

sábado, 5 de abril de 2014

Lesco

Não digas em falsa novidade
Acontecimentos contínuos
Perduram pela eternidade
Desejo no desconhecido

Queira sim ou queira não
Na madrugada a dor esquenta
O poder em saborear eterno pão
Doce sabor daquilo  que se lamenta

Mais uma vez o sorvete derramado
Formigas agora festejam  sem igual
Cada gota derretida sensação do melaço
Sentimento frustrado sem igual

Sem mais, despeço desse ato
Aquilo que fora não será
Rasgando o desejo do passado
Alimentado aquilo que não  proverá

Há tapas em meu rosto
O que deveras dor?
Apenas o sabor do desgosto
Ao não Inalar odor da verdadeiro flor

terça-feira, 25 de março de 2014

Plenitude Extasiada

A maldade mostra a outra face
A folha está caída pela estrada
Apenas o néctar de existência
Um lenço abandonado no sofá

Sonhos são apenas lembranças
Revelações que temo acreditar
Todos os caminhos percorridos
O jardim secreto da minha casa

Afinal o que eu preciso imaginar?
A sinergia de viver nesse mundo
Onde estará o amor escondido?
Em meio à poeira da imensidão

Apenas a saliva doce da solidão
Escondendo toda a sua vontade
Receando o sabor desse vento
Aparência plena de eternidade