Um nobre artista dá inicio a sua obra Magna, um belo quadro.
Tal obra refletia uma visão esplêndida de uma incrível paisagem, algo nunca
visto... Tão só se fechou pra o mundo, rapidamente cego
ficou, e com a escuridão, toda plasticidade acabou... Após dois meses da
insistente pintura o artista pausou sua obra, e escreveu três frases soltas:
“As sombras revelam a verdadeira silhueta
Escuridão iluminada por cores distintas
Em busca de um tom misturei a paleta”
No terceiro mês mediante a tal sofrimento, o artista não
encontrava uma nova cor para dar continuidade a sua obra de arte. Com isso a
paisagem repousava em pura farsa, momento tão grotesco que era nítido que tal
ninfa o desgastava, o enganava e o mutilava... Porém seus olhos acreditavam
nessa grande obra orquestrada, uma paisagem traçada por belas cores e nobre
perspectiva, que enojava tudo e a todos, e claramente confundia até mesmo o
nobre artista...
No quarto mês após um profundo desespero, o ultimo lamento é
transferido da pintura para o papel rascunhado:
“Clementina, a mais bela das divinas
Nojo em ver tua face efusiva
Teu corpo e alma
Tu és cretina”
Sem mais saber o que aconteceu, a obra de arte não mais
existia...