segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Excentricidade Azul



Pitoresco ao escrever bizarrices em versos
Sem muita delonga, explicitarei tal paisagem
Beleza Peculiar, Excêntrica em cada centímetro
Olhos azuis, Silhueta delicada, pele em neve
Rosto angelical que revela o mar e o céu

O mar grego já não é mais azul quando te vejo
O que dizer então do Céu Nórdico, não há mais cores

Quando entrei na sala, apenas enxerguei o azul Piscina
Páris ao nascer, ganhara de Afrodite A donzela mais bela da ilha
Sei que não quero uma ilha, apenas uma piscina para nadar
Afrodite não me presenteou com nada, e nem precisa
Pois a Piscina que encontrei, irei vislumbrar e mergulhar

Queria um dia poder contemplar tal paisagem excêntrica
Em um momento único, onde Céu e  Mar se unem em um imenso Azul
Mas, no olhar dos seus olhos tal imensidão perde importância
Contemplo todo seu azul, apenas seu olhar azul... 

domingo, 23 de dezembro de 2012

Ciclo em reta


Ele sabe a palavra
Ele a aprendeu com Ele
Sem traços ou mediações
Bebeu direto da fonte
E chegou a doce conclusão
Antes o obscuro da dúvida
Que a claridade da vergonha
Levanta-se enquanto abaixa-se
Se erguerá quando tudo cair
Ao seu nível tudo descerá
Então a única beleza surgirá
Essência e aparência serão uma
Tudo mais será desnecessário

sábado, 22 de dezembro de 2012

Caminhada Obscura, Quarta Floresta


Cada passo sinto mais próximo do precipício
A caminhada demonstra toda sua delicadeza
Com o raio de luz, tudo se torna claro e volto ao inicio
Cada passo chego a perceber toda incerteza

Mais uma vez, a rocha é depredada
Pensamento putrefato alimenta a desilusão
Águas que correm no rio revelam a caminhada
Amargurada e desencadeada sem  compaixão

Ode ao estado ruim se repete
No inicio do ano a cidade vizinha contemplava
De erros, por várias passei e aumentei a esquete
Até conhecer a camponesa atrapalhada

A vileza de não se auto suportar parece no esquema
Ano entra, ano sai... porém as mazelas não param
Apodrecidas em linhas tortas em forma de poema
Vilão, Solidão e Cansaço...coisas que sempre atrapalham

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O menos é sempre mais


Armadilha em mim mesmo.
Deixei-me ser confinado pelo meu próprio alçapão.
Não, não quero mais me entregar as mesquinharias.
Não, não, não.
Chega, chega desse mundo e seus produtos.
Me recuso a aceitar isso tudo.
Quero somente o necessário.
Única e exclusivamente o necessário.
Onde foram parar os sonhos que construí?
O máximo em desapego, o máximo possível em desapego.
Não quero mais, não quero ir mais a esse encontro.
Quero a arte, quero outro encontro, quero a verdade.
Os seres humanos auto-suficientes e suas crenças.
O ódio em um único objeto e a felicidade em todo o resto.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Horas atrás


Observando diretamente a desconhecida
Penso nas mazelas que alimentou a desilusão
Sentimentos atrapalhados de forma apodrecida
Atropelando e destroçando a possível paixão

lefuet


Ele pondera
mostra opções
chama a ver
as tais feições
lembra do possível
do outro que não
hipóteses e ideias
tudo em suas mãos
bem perto e fácil
infinito ao alcance
trocar por isso?
incerteza?
mutilação?
tem certeza?
ainda há o não.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ódio Caprino

Paralisado em ver o acontecimento
Tudo aquilo que fora sonhado, materializa durante o dia
Atormento fico agora em meio ao pensamento
Desprazer em ver teu rosto, tua voz e tua alegria

Desejo doloroso que não poderia ter acontecido
Desgosto em gerar sentimentos por você
Ao ponto que jamais queria ter conhecido
A desconhecida mineira que me faz sofrer

Certeza clara e limpa de que eu fiz foi natural
Nutrir o sentimento todos os dias foi o pecado
Jamais te ofendi, te perturbei e te fiz mal
Apenas tudo que aconteceu, deveras ser errado

Se é certo ou errado, agora não me importo
Queria apagar todas as lembranças sua da minha cabeça
Não te procuro, não te amo e suas desculpas não imploro
Desejo incontrolável  em abandonar toda dor da vileza

Quero te esquecer, apenas te esquecer,
Ao passo de toda dor ser destilada
Esperança errônea de nunca mais te ver
Ardor do incêndio, agora cinza apagada

domingo, 16 de dezembro de 2012

Winterschlaf


Ele agora repousa
há um peso sobre a tampa
não há som, não há luz
A respiração não se escuta
pensamentos não correm
uma pedra dentro do cesto
Ao fundo de um indeterminado
Todo o mais agora é cor
Sensação amplia-se como nunca
Ele em nada importa agora,
mas ainda está lá.

Caminhada Obscura, Segunda Floresta


O sol acorda e o Domingo convida para o de sempre
Desejo incontrolável de sucumbir em escuridão
Anestesiado de pensamentos me paraliso lentamente
Lágrimas preparam o caminho da desilusão

A caminhada é torpe e desconhecida
Sem vontade de prosseguir, o vassalo descansa
Flores cinzentas e paisagem encardida
Lágrimas revelam a dor da lembrança

Mudança radical é bem convidativa
O Sangue parece ser necessário
Ao som e mistério da despedida

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Caminhada Obscura, Primeira Floresta


Paisagem florida em pura euforia
Caminhada deturpada por pensamento
Feeling do momento que apresentaria
Sem entender o pesar do momento

A caminhada se torna obscura
O Estrondo já manifesta o desconhecido
Calor, frio, chuva e loucura
Ventos agressivos demonstram o acontecido

A paisagem se mistura com a anterior,
Assustando e questionando "a qual" será posterior

Turbilhão de sensações em uma caminhada curta
Cada dia a novidade distorcida
Paladar e odor da frescura
Lembranças em uma memória perdida

sábado, 8 de dezembro de 2012

Aliado Instável

Fragmentos de realidade sem sentido
As lajotas humanas estão empilhadas
A figura morna não sai desse espelho
A ambição me diz o que preciso fazer

A necessidade de existir a brincadeira
Simulo aquilo que ainda não vivenciei
A vida se torna apenas uma equação
A pedra emocional se torna a pluma

Reticências alheias não me perturbam
Voltando no tempo através da cozinha
A novidade constrói minha imaginação
Elementos externos da minha cognição

Recusando tudo que possa ser humano
O mundo interno se torna um turbilhão
O lugar onde estou é outra perspectiva
Acordo de um sonho que nunca existiu

Alheio a tudo que posso resplandecer
Não sou aquilo que refutei no passado
Desço ao degrau do misterioso arbusto
Quando a nave retornar eu te embarco