quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Diagonais

Sorriso amolece 
Distância não afasta
Inoperante apresenta
Sorte mascarada
Nada vislumbra
Redoma enfraquece
Não creditando
Maravilha escurece

Coincidência das indas
Se tinha outrem era boato
Confirmado com as vindas
Desestimulado vassalo
Papelada rasgada
Enigma petrificado
Atabalhoada jornada
Risadas do cansaço

Em oito versos
Uma estória se exprime
De só virou acompanhada
Se quiser, com ele termine
Arrastar-se não mais
A senha fora descrita
Conversa em diagonais

Artimanhas da vida

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Escolha desenhada

Jardim cultivado
Medo
Conveniência
Mesmo tempero
Julgue como queiras
Outrem tu deseja
Questão de tempo para saber
Corpo quer se desprender
Libertar-se do longínquo
Do ouro na adolescência
Mantida sem frequência
Permita
Apenas
Escutar aquilo que tens mais apreço
Que incendia o nobre desejo
Abandone o pudor
Transcenda a melodia
Permita a bela harmonia

Dúvida

Entrego a você esse doce presente
Queira ou não findar a história
Inquietação que não se entende
Se não foi, tolices da vanglória

Se foi, aí já é outra jornada
De arranjos e petrechos ensaiados
Contratempo regado por risadas
Agora não mais, posto ao passado

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O Poeta Sumido


Não fique brava com as cantigas de amor
Tampouco inflame teu coração
Pois o devaneio sempre vem no calor
Sem qualquer profunda reflexão

Permita conhecer o Poeta e sua história
De glórias e temores findados sem perdão
Agora tu és escolhida na vanglória
Sem clamor destronada paixão

Os versos sumiram por dias
Evasão da trama em redoma
A imagem clara que irradia
Poeta perdido que se apaixona

Encontro com a Duquesa, ato I

Diante da paisagem a batida aumentara
Um, dois, três. Cada passo um sorriso
Queria não visualizar, mas minha aura focava
Unicamente para uma direção, e para lá fui sem compromisso
Esperançoso ao sentar dei um cordial olá
Sem saber o que virá, sem medo de errar
A cinzenta manhã se tornara Clara a irradiar!

Paixão, Vírgula e Tempo

Segundos se passam, a vida para ser boa deve ser vivida
Horas se passam, nada como partilhar os momentos com outrem
Dias se passam, alimentando o desejo pela desconhecida
Meses se passam, corriqueiramente degustando do mais nobre sentimento

Semestres se passam, lamentações inflamam o coração constipado
Anos se passam, acaba-se perdendo no labirinto infinito
Décadas se passam, repetidamente o sentimento que ofusca
A vida passa, agora e sempre viver a se apaixonar!

Tarde esplêndida

Fulgor em sinergia
Traços delineados na pura harmonia
Aura clara e majestosa
Sentimento denso de outrora

Olhar vibrante
Leitura penetrante
Lábios congelante
Dentes de Diamante

Os ideais grandiosos
Pensamentos saborosos
Inteligência que incendeia
A suprema beleza

Tudo em você têm rima
Rima contigo e rima com minha rima
Por um instante queria que fosse minha
Para que nossas rimas transforassem em melodia

Imagem corrompida

Sem delongas e sem charme, feliz atendo
Celular anuncia o nome que me alegra
Conturbada ligação não entendo
Porém sua bela voz se manifesta

Nenhuma palavra parece fazer sentido
Sua imagem agora se materializa
Ligação distorcida por ruídos
Maravilha em sentir tua energia

Rosto colado, suspiro na lágrima
Finalmente irei experimentar delicados lábios
Viro para o lado e puxo a coberta, que lástima
Apenas um sonho que destroça o vassalo

Fim sem início

O egoísmo em ter outrem o cegou
Uma travessia renovada em estilhaço
Na busca incessante ele sempre tentou
Acordou subitamente na verdade do fracasso

Cordialmente se despede dessa cena teatral
Longe de se arrepender das noites estreladas
Realimentando errôneo sentimento artificial
Repentino desejo em forma atabalhoada

Acaba aqui a jornada que nem começou
Pela serra onde a voz recanta a moda
Ímpeto em ter a Duquesa que vislumbrou
Pentagrama sem notações, da capo al coda

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Versos soltos

Escuridão inversa
Lágrimas que perturbam
Intermitente
Momento se explica
Mas não se analisa
Metodologia rasgada
Vileza ao respirar
Vassalagem desorientada 
Refugo humano
Desprezo sentimental
Desgosto por hoje

Dia Anormal

Padecer em compreender

Passo a passo não compreendo
Entendo como acontece,
Mas não compreendo
Fico louco em não compreender,

Incompreensão até o momento de padecer
Talvez se padecer irei compreender
E se não houver nada após padecer
Só testando para saber

Preciso compreender
O desconhecido que perturba
Que difama as entranhas
Que ostenta a loucura

Doce loucura que me convida padecer

Essa sede louca em Compreender me faz padecer
Ao passo de padecer, louco me tornei
Mas quem sabe ao padecer na loucura

Todo mistério compreenderei 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Bandoleiro, 1ª anotação

O bandoleiro vaga pela cidade
Contempla a sociedade devastada
Senta na calçada e lembra da mocidade
Onde sua formação ainda não fora molestada

Agora invadida por mediações do resultado
Na infância de outrora, podia caminhar e brincar
Anos se passam e o bandoleiro fica assustado
De bola e boneca, agora computador e celular

Não compreende aonde exploração começou
Hoje se estuda para estagiar e sonha em lucrar
Angústia do tempo perdido que se passou
Ensino superior, momento de se degradar

Acumula títulos para sonhada aposentadoria
Vida construída na competição e pavor
Sujeito que não aprende vira mercadoria
Mas se orgulha em dizer: "Caridade agrega valor"

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mas não mais

Atabalhoado na escolha
Patético em profetizar o inexistente
Luzes negras
Ritmo voraz que suga  energia
De resto
Poemas e mais poemas em devaneios
Doce momento
Escritas perdidas, tentativa vulgar
Queria explicitar?
Não quer, não deveras tentar?
Mas o quê?
Não tem mais e mas,
De resto
O desejo transcrito fugaz
Quer mais?
Não, não quer mais...
Não queres mais o que?
Escolher jamais!
Mas?
Escolhido no escolher!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Caminhada sem retorno

Está posto. Não se argumenta e tampouco se deseja,
Com a face constipada apenas segue em frente
Sussurrando em direção ao abandono da peleja
Nebulosidade daquilo que atormenta o inconsciente

Mais um passo. Não irá parar até encontrar o lugar
Sem titubear, pega-se analgésico, álcool e fósforos
Está tudo ritmado, chegou a tão sonhada hora de se matar
Corpo anestesiado e fogo ardente! Alma  límpida dos destroços

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Alquin - Marks

            
           
           Alquin foi uma banda de rock progressivo holandesa que lançou quatro álbuns de estúdio nos anos 70 e possui um estilo musical versátil, com influências de jazz e folk. Lançado em 1972, quando os membros da banda ainda frequentavam a faculdade, o álbum de estréia do grupo - “Marks” - impressiona pela variedade de instrumentos utilizados, como violino, órgão, flauta e sax, criando uma sonoridade verdadeiramente própria.
           
           - Integrantes:

                - Hein Mars - baixo, vocais;
                - Paul Westrate - bateria, vocais;
                - Dick Franssen - órgão, piano, piano elétrico;
                - Ronald Ottenhoff - saxofones, flauta;
                - Job Tarenskeen - vocal, saxofone, sopranino, percussão;
                - Ferdinand Bakker - guitarra, piano, violino, arp-sintetizador, vocais.

          - Download: http://tinyurl.com/otj52bu

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Não paralelo

O banquete está posto,
nos servimos
Olho para seus olhos,
ele me pergunta o que acho,
respondo que não preciso
Ele sorri,
comemos
Está bom
Está feito

Diversos 22

Ele veio
Ainda era cedo
Não mentiu
mostrou-se à luz
Não tenho medo,
juntos, vamos seguir

Diversos 16

Vim de você
Agora sei
Também sou você
Não vou mais negar
Seguiremos

domingo, 11 de agosto de 2013

Reflexo Estilhaçado

A maldade dentro de mim
A mediunidade intrínseca
Olhos estranhos da mente
São estereótipos vulgares

A negação da indulgência
Favorece o bem existente
Assustada com meu olhar
É só a inocência inquirida

Libertação se transforma
As linhas seguem intactas
A plenitude daquele sono
De uma vida que é refém

Rigidez de um retorno vil
Descendo até os degraus
À espera apenas de alívio
O mergulho na escuridão

sábado, 10 de agosto de 2013

Sábado Errante

Na espreita da noite escura o fogo se apaga
Diferentemente dos outros dias, o mar se agita
Falácias de outrora me distanciam de uma amada
Que nesse dia de descanso, se faz e se exercita

O problema é a falta de outrem
Que poderia receber todo o calor
Melancolia de um vassalo que não se tem
Uma donzela para dissipar todo vigor

O sábado é o sétimo dia da criação
Convencionado socialmente para extravasar
Porém para aqueles que se afundam em solidão
Não podem diante da companhia, sorrir ao gozar. 

domingo, 4 de agosto de 2013

Jimmy Raney - A



     

          O álbum "A" foi gravado pelo guitarrista Jimmy Raney em três sessões separadas entre 1954 e 1955 e lançado pela gravadora Prestige. O trompetista John Wilson é adicionado para a segunda e terceira datas de estúdio, contribuindo principalmente como músico de apoio. O registro contém alguns dos melhores trabalhos de Jimmy Raney como líder e é altamente recomendável.

           Jimmy Raney - guitarra;
           John Wilson - trompete (faixas 5-12);
           Hall Overton - piano;
           Teddy Kotick - baixo;
           Art Mardigan (faixas 1-4), Nick Stabulas (faixas 5-12) - bateria.

           Download: http://migre.me/fFpbO

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Papel Rasurado, ato XVIII

Palavras de uma manhã gelada
Querendo explanar tudo que pensara
Não obstante a opção fora errada
Em se apaixonar de forma insensata

Mais uma vez o poeta não se encontrou
Mudou a rima para continuar a saga
Em um pedaço de papel rasurou
Por não seguir a tranquila tocada

Ada, Ara é Nada. Rimas acima de uma manhã passada
Onde apenas queria-se declarar,
Para uma bela CENSURADA!

domingo, 14 de julho de 2013

Adverso Implacável

A expectativa é a melhor forma
De entender essa apatia social
Intolerância é a resposta certa
Para desfazer as minhas ruínas

A depressão existencial persiste
Vontade enorme de aniquilação
Depois aparece a velha bonança
A sanidade retorna ao seu lugar

Padrões inexistentes na parede
Discursos vazios se concretizam
Reestabelecendo a mentalidade
Há um desejo insistente de viver

Pertubação enquanto esperança
Tento responder a essa questão
Renovação pode ser um critério?
É uma incerteza que permanece

terça-feira, 9 de julho de 2013

Melancolia e Sangue, Terça Cinzenta. Primeiro Ato

Terça cinzenta, fria e chuvosa. As algemas da sanidade não aguentavam mais conter toda a melancolia acumulada. Não tinha mais o que fazer. Ligar o carro e respirar o ar gelado daquela noite era preciso.
.

Vidros Fechados! Reflexos das luzes! Pingos escorrendo no para brisa! 

A sonata mais obscura da musica barroca convidava para o sombrio momento que estava para acontecer, por si só,  promiscuo seria. Abri um pouco a janela, a chuva estilhaçava toda moral e vergonha que ainda restava nesse pequeno pedaço de carne intitulado ser humano. 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Aquele Sentimento

A teoria e necessidade do absurdo
As revoluções mentais constantes
Ele ri do inferno quando falo dele
O silêncio grita de dentro da alma

Algo emudece a minha percepção
A necessidade da máquina retorna 
Preciso pensar no que devo dizer?
A existência tolhida em seu tempo

A tristeza através da maquiagem
Esconde a solidão que há em nós
A necessidade de autoarfirmação
Revela ódio que fingimos não ter

Algo que mude esse sentimento
A felicidade barata que encarece
Entorpecência se atenua em vão
Implorando por mais um reinício

quarta-feira, 20 de março de 2013

Anseio Intruso

Os dragões da noite vem me buscar
Os ratos sobem através do corrimão
Agora é hora de vencer essa batalha
Levando todo sofrimento do mundo

Os filhos da fascinação vem até mim
Há esse vazio em forma de hereges
Atônito na forma de luz em sombra
Opaco estranho ao olhar dos outros

Não sei que diabos estou me tornando
As poeiras do passado me deixam forte
Você verá o dia que o céu irá escurecer
Apenas um álibi daquilo que é estável

A visão externa é a minha autoafirmação
Onde estou é conveniência em existência
A idéia simples do dinheiro é algo positivo
O inferno dentro do quarto é não suporto

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ondas Estáticas


A noção existencial está se perdendo
Despersonalização se torna constante
Passado, presente e futuro se fundem
Olhos atentos aos pássaros enfileirados

Pequenos lampejos de minha consciência
Me fazem lembrar o caminho da máquina
Lembranças de uma juventude inesperada
A loucura que se foi sem nunca dizer adeus

Parece que nunca vivenciei aqueles tempos
Estão em mim, mas são só algumas poeiras
Flutuando pela minha mente essas imagens 
Um tempo guardado numa caixa de sonhos

As reuniões de hoje não fazem mais sentido
Sentindo o desgaste da passagem do tempo
Buscando a renovação em cada novo atalho
Cogitando o absurdo para não desabar mais

Caminhando pela multidão para me descobrir
Chegando até o limite que ainda não alcancei
Revivendo o sentimento adormecido em mim
Através da encosta do mar lúdico e silencioso

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Caminhada Obscura, Quinta Floresta


Cada Passo se torna mais pesado que o anterior
A Caminhada desgastante parece interminável
Ventania duvidosa traz agonia e pavor
Amargo sentimento, desprezo lastimável

Cada Árvore reflete uma velha lembrança
Embaraçoso ao visualizar a pífia insatisfação
Momentos marcados por eterna esperança
Regando e alimentando uma errônea paixão

A floresta se torna mais obscura...