segunda-feira, 19 de novembro de 2012

21 km


Palavras ditas, palavras escutadas
Por tudo que é mas não se deixa
Poesia e prosa na madrugada
Antes do coma, presto a queixa

A luta parece ser cada vez mais vã
Segredos, impressões e expressões
Tudo que nem apareceria no divã
Apenas dois, o silêncio e emoções

Ossos apertam o quente plástico
Falo aqui com a ferida exposta
Não há lógica e nem é prático
Mais um dia à espera da resposta

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Degradado

Agora, ela, a consequência
O assim erro fundamental
O intrínseco a essa consciência
O terceiro lado da pedra
O passo a passo sem pausa
De sobrepor o todo com um
De fazer de uma coisa a causa
De individualizar o universal
De transformar aquilo em mal

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Anverso Insólito

Percorro a estrada do apocalipse
O rosto assustado olha para o céu
A miragem sombria transfaz o ódio

Vozes estranhas em minha mente
A ação influencia minha natureza
A imagem se apaga da lembrança

Em busca de um novo princípio
A aliança continua entorpecida
A ideia permanece num projeto

A teoria inicial volta a prevalecer
Vejo a conexão entre as mulheres
Ninguém se obriga a me entender

A agressividade está em seus olhos
Personagens da minha construção
Confrontando objetos inanimados

Me tornando estranho no outro dia
Reinventando minhas controvérsias
As máquinas estão nos seus lugares

Eu estava no outro quarto do hotel
Enquanto ela suspirava na banheira
Me recuso em aceitar suas suspeitas